Então enfim consegui a música que eu tanto queria do Mudhoney: Deception Pass. Sei lá de quanto tempo atrás ... talvez 97. Quando eu namorava/ficava/atracava o cara que viria a ser o ‘meu primeiro’ (oh que emoção!). É, eu já falei dele aqui também. Éramos vizinhos, ou quase vizinhos, e ele ficava com a galera dele no portão dele, e eu com minhas amigas no meu portão. E trocávamos uns olhaaaares. Eu já disse, mas vamos dar uma recapitulada, que dá graça lembrar: quando a gente começou a namorar/ficar/atracar rolava uma ‘química’ (rá! capaz! era tesão absurdo mesmo...) que não importava muito onde estávamos ou quem estava por perto. Aí, em plena luz do dia, rua movimentada, vizinhas fofoqueiras de plantão no portão deviam ficar horrizadas, chocadas, (excitadas, vai saber), com a esfregação. Mas nós éramos muito mais. Não dávamos a mínima. Éramos adeptos fervorosos do módulo foda-se. Foda-me. Mas, voltando ao Mudhoney, Depection Pass me lembra muito esta época. Nem me lembra o cara especificamente, claro que ele vem com o contexto. É uma época que eu lembro bem. Foi uma época do bem. E que bom que eu consegui a música. Eu consigo quase tudo o que quero (ao contrário do amore, que diz conseguir sempre tudo o que quer. E não duvide.).
“... don't know where I'm going
can't recall where I've been
lived a righteous life
and lived a life of sin
don't know what I've done
don't know what I've done
if I ever make it out of here
get back to you ...”
(Deception Pass - Mudhoney)
Eu consigo quase tudo o que quero. Algumas pessoas conseguem quase tudo o que querem de mim.
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