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Wednesday, April 30, 2008

ctrl + alt + del

O tempo muda uma série de coisas. Na verdade o tempo muda tudo e talvez por isso ela não gostasse de pensar a respeito. Por exemplo, não sabia a idade de sua mãe, porque tinha um problema real com o ciclo de vida. Pensava: 'nossa ela já não é mais nova e...' era desconfortável para ela o clichê 'nada é para sempre'. E teve a chance de conhecer gente incrível, incrível no sentido de incomparável, único, duradouro e consistente. Infelizmente ou não, sendo mais filha da puta mesmo, felizmente, concluiu que era tudo ilusão de ótica e da mesma forma que os incríveis vieram, se foram. Não sentia falta deles.

Talvez tivesse feito diferente. Não tinha certeza. Mas era desconcertante afinal chegar a conclusão de que nem era tudo isso, que de fato muita coisa não é o que parece ser. E odiava a cara dele enquanto estava por cima de dela, fazendo você sabe o que. Odiava a cara que ele fazia e por isso fechava os olhos. Ok, ele beijava bem pra caralho. Mas quantas vezes deu o free pass para o paraíso? Dizia que umas duas, at most. Average, average, average. Se fosse boazinha, olharia pelo lado romântico e talvez se sentisse decepcionada, mas como era maldita e só gostava do perigo, levou assim mesmo muita vantagem e acumulou algumas estórias, satisfeita. As vezes trai a si mesma pensando 'que bosta não sentir mais a falta dele...' vai ver, é meio paradoxa.

Monday, April 14, 2008

Quando eu tinha uns 13, por aí, achava que todos os caras do Gene Loves Jezebel eram vampiros. E eu adorava.

Saturday, April 12, 2008

on the table

Hoje, na Fnac, peguei A Insustentável Leveza do Ser, que aliás, eu já deveria ter lido há muito tempo. Procurei um assento mais escondido, com menos circulação, fiquei esperando por vocês. Lí umas três páginas quando avistei na prateleira da esquerda A morte de Ivan Ilitch, de Tolstoy, que serviu de base para um de meus filmes com a 'intenção de' chocar favoritos, Ivansxtc. Ouvi um comentário muito vazio, muito clichê sobre determinado livro, alguém que caminhava em minha direção. Para minha surpresa (me escondendo atrás das páginas que eu lia, muito menos para não ser indiscreta, e muito mais por ser sem noção mesmo, porque achava que pudesse ser reconhecida e isso eu não queria) era um dos principais executivos de uma empresa que já trabalhei, acompanhado (??) de uma nipônica muito nova, muito bonita, muito insinuante. Lembrei que ele era casado com outra grande executiva da empresa concorrente. Eu adoro livrarias.

Friday, April 11, 2008

boa viagem!

Thursday, April 10, 2008

tic tac tic tac


Já era sexta feira e eu iria embora no dia seguinte, tipo umas 15h00. Quando falei com uma garota do trabalho que queria ir na Blondie, ela me disse para não ir. Foi assim que tive certeza que eu TINHA de ir. Era a dica de uma amiga que tinha estado lá há pouco e definiu o lugar como uma ALoca 3 vezes maior. Saímos do hotel umas 21h00, fizemos o esquenta num bar muito legal no Barrio Brasil, mesinha na calçada, vendo o povo passar. Na mesma rua avistamos um letreiro Blondie, quando chegamos lá, não era a Blondie, mas sim, o bar de la Blondie... o cara muito simpático nos deu as coordenadas, pegamos um taxi e em 5 min estávamos num centro abandonado, meio frio e nada de Blondie. Um pessoal conversava mais atrás e fomos em direção a eles, que estavam justamente na entrada de uma galeria que levaria ao club. Um lugar enooooorme, muita escada e até então meio vazio. Grande mesmo, retrô e fora de moda. De uma das pistas, se você olhasse para cima, veria um poster lindíssimo da Paris Hilton. Na outra pista, no telão, cantava uma linda e loira Debbie Harry. Fomos ao bar e quando voltamos para a pista, começou tocar uma das músicas que eu mais gosto e ouço com doentia frequencia: Babies do Pulp. Comoção. O lugar começou a encher e a música dessa pistona começou a avacalhar muito e fomos para outra pista, cuja proposta era voltada para goth e anos 80. Dead or Alive rolando e todo mundo dançando. Um menino com cara de bonzinho começa a dançar conosco e quando ameaço pegar um cigarro, o menino bonzinho me oferece os dele. Gentil seria se o pacote nao estivesse VAZIO. Ele ficou sem graça, mas até aí tudo bem, gente nova e gentil por perto, nao importava que fosse um pouco feminino, era engraçadinho. Achei que era gay. Só que a atitude dele as vezes traía essa minha quase convicção e perguntei quantos anos ele tinha. Nada elegante. Tengo 20. 20???? Ele corrigiu, tinha 19 e IRIA fazer 20, mas idade não importa e bla bla bla. Rindo, eu disse que importava sim, que além de eu ter 34 anos, era casada. Esse menininho, bonitinho, 80% indie e 20% emo me perseguiu praticamente a noite toda e de legalzinho se transformou rapidamente em alguém irritante. Fugi. Aconteceu tanta coisa engraçada e totalmente fora do contexto, o que fez com que as horas voassem e a gente perdesse totalmente a noção do tempo. Muita ceveja no esquenta e muita vodka com gelo gerou uma confusão mental compleza em realação a situação em que estávamos. Rimos tanto, até doer as bochechas, a gente corria de uma pista a outra quando a música ficava muito ruim e de repente me vi sozinha, perdida dos amigos, mas mantendo a pose: ok, numa boa, o passaporte está comigo e eu ainda tinha algum dinheiro. Esperando que algum deles pelo menos aparecesse no bar, um cara muito bonito começa a conversar comigo. Já não entendo quase nada, só dou risada e digo que si, si, si. Aí o papo de idade de novo, partindo de mim, de novo. Ele tinha 24 anos. E não são os lugares que agora passaram a ser frequentados por gente por muito nova, óbvia é a constatação que sou eu é que estou ficando velha e não estou me adequando mais. Tudo bem, sem traumas. Mas é que - tipo 14 anos, 10 anos mais velha que os carinhas foi foda. Daí que este cara pensou que um dos meus amigos era mi novio e foi engraçado e queriam nos dar carona. E a gente dizendo que não. E entramos no taxi correndo, parecia que fugíamos de alguém, e um Corolla seguindo a gente. E o povo começa a discutir e chorar (!!!) no taxi, crise existencial, lavação de roupa suja que só é possível de se fazer depois de determinada quantidade alcoolica ingerida... e chegamos no hotel e não tínhamos toda a grana pro taxi, muita moeda, pouca soma, faltam 2000 pesos, que nem é muito, mas todo mundo tá bebado e só pensamos em 2000 em REAIS. Caralho. O taxista diz 'no hay problema' e agradecemos. Sem graça, descemos do taxi cambaleando, cruzamos o lobby muitíssimo elegante do InterContinental, com o staff e outros hóspedes tentando não olhar pra gente. Que horas? Quase 7 da manhã. Acordei quase 11h00, com a mala para fazer, banho para tomar, com a garganta podre e quase perdi o vôo. Mrs. Oliveira, last call. Última a embarcar, me achando muito moderna e adolescente-inconsequente, de efeito retardado, claro. Realizando que 34 são afinal 3 décadas e meia. Eu não tenho mais idade. Eu não tenho mais idade.

Monday, April 07, 2008

santiago



Há pouco mais de um mês fui a Santiago, pela primeira vez. Embora tenha ficado lá uma semana, não deu para dar todo o giro que eu queria por causa do trabalho. Cheguei no domingo e fui embora no sábado seguinte. Fui ao Mercado Central, que para mim nada mais é do que o mercado municipal de São Paulo, só que muito sujo e fedido pra caralho. O pessoal queria comer os mariscos de lá, que diziam ser fenomenais. A caça que os garçons fazem aos clientes é muito irrirante também, todos querem meio que te levar a força para os rescepectivos. Por fim, decidimos por Donde Augusto. A comida é realmente boa, em generosas porções, mas não acredito que faça juz a tanta fama. Ou que compense o calor que se passe lá dentro. Ah, o e banheiro, pasmei, é pago. Por dois seguidos, fomos a Borde Rio, e eu AMEI. Em outras ocasiões, voltarei com certeza ao El Otro Sitio, comida peruada e atendimento de primeiríssima e também ao Le Due Torri, italiano com todo tipo de deliciosa massa fresca, atendimento bem simpático, além de ser muito charmoso e de tocar uma musiquinha bem agradável no jantar, esses dois ficam em Borde Rio. Na quinta feira, fomos parar no La Querencia, cujos cogumelos são in-crí-veís e o pão frito idem. Mas tem toda uma vibe de restaurante velho, que ninguém costuma ir, nem mesmo os locais. Curiosamente nos divertimos muito nesta noite. O restaurante tem uma bela vista dos Andes e não posso ir além disso. Fiquei no InterContinetal, os restaurantes do hotel parecem ótimos também, especialmente o Bice onde estive por 2 vezes. Aliás, é um hotel excelente, e era de esperar que o serviço também. Infelizmente lidei recepcionistas bem mal educadas(os). Em contrapartida, o pessoal do concierge foi bem fofo e solícito quando precisei. Adorei o quarto do hotel, a programação da tv, a cama, o ar condicionado, os bombons deixados na cama diariamente, a banheira, a vista, muito aconchegante e bonito mesmo. Ressalva: a conexão internet não está inclusa na diária e desembolei 15 dólares por dia. Uó. O escritório está muito bem localizado (Mariano Sanchez Fontecilla), e tínhamos uma vista incrível das Cordilheiras, de tão bonita, parecia irreal. Não comprei vinhos, ao contrário dos demais. Mas ganhei uma garrafa de presente (!). Adorei a super loja Falabella no shopping Parque Arauco (mais legal e totalmente diferente do Aventural Mall em Miami, que é meu favorito). Ne vardade eu adorei a região metropolitana de Santiago e quero muito voltar. As ruas, os carros, a arquitetura e as pessoas. Bem bonitas no geral. Colírio em tempo integral. Vou voltar.


E depois eu comento a balada. A noite em que saímos as 21h00 e voltamos as 08h00. Rave!