Não estou perdendo nada. Nada. E não fiquei tão feliz assim com a constatação. Depois de semanas (meses?) recolhida, com fobia social voluntária, decidi que iria ao Praga, para o aniversário da Lu. Quisera eu pudesse pensar 'caralho, eu não devia passar tanto tempo em casa'... 'caralho, eu preciso sair mais, frequentar mais esse lugar ou lugares assim'. Ilusão. Fora do circuito (datado) da Vila Olimpia e do (hype) da Barra Funda, ele fica escondidinho na Turiassu, o que me lembrou o falecido Piranha (vontade de rir só pela remota lembrança), o bar tinha até algo para dar certo no meu conceito (também duvidoso). Gostei do sofazinho logo na entrada. O povo breaco no final da festa (ou no começo mesmo) agradece muito. Umas luzinhas de natal logo acima do sofazinho que elegi de cara como meu favorito, davam um toque kitsch fofo. Isso se não começasse a dar uns estouros em seguida, fazendo as gatinhas gritar (engraçado) e o cara do lugar as desligassem correndo todas - mais estouros - para evitar um curto circuito. A pista, até então vazia, era comandada por um cara que ia na Trash 80s (eu sei porque sim, talvez isso já fosse um sinal) que quando deu uma vacilada alguém comentou 'não esquenta que aqui tá tudo entre amigos'. Sério? Legal. Bebida na faixa? Posso rasgar a comanda?! Para piorar tocou o hit super atual dos Strokes, Last Nite, 3 malditas vezes. TRÊS! O som era interrompido várias vezes, a constante da noite. Uma música do Michael Jackson tocou 3 vezes, sendo que uma delas, um versão remasterizada. Versatilidade e diversidade. A melhor sequência, segundo a resposta da maioria dos que estavam na pista foi a que contava com Faith no More, Massacration, Bad Religion, Guns'n'Roses. Não, né? Para coroar, alguns frequentadores do bar-clube esquecem o padê no banheiro. Caricato e pitoresco. Nunca mais.