Final de semana anormal. Totalmente, completamente fora do script. Fumei muitos cigarros, e isso foi também uma bosta. Conheci uns caras da Pensilvânia muito engraçados e foi uma das partes mais divertidas e solidárias do meu programa bizarro. Sábado à noite, puta lugar incrível e cadê o cigarro? Simplesmente não existia cigarro naquele lugar maravilhoso e nem nas próximas 2 milhas, e já era tarde e já estava escuro e eu estava sozinha, perdida, e fodida. Ouvi a voz de um cara no corredor e fui correndo naquelas de que todos os caras fazem parte do seguinte padrão: fumam. Nem todos, mas enfim. Quando eu abri a porta, ele estava sentado no corredor e me pedindo desculpa pelo barulho, ele estava usando uma espécie de rádio, nextel, whatever. 'Não' - eu disse. 'Eu só queria um cigarro'. Na lata: 'essa merda de hotel não vende cigarro'. E adivinha só. Ele tinha cigarro, ele me deu um maço inteiro (!) e ainda por cima ficamos por umas 2 horas falando um monte de abobrinha na beira da piscina, tomando Corona e ouvindo música esquisita, num cenário incrível, total descompromissado e o papo foi do mais banal ao mais absurdo. Me senti aliviada, estava farta daquele povo velho e sofisticado. Estava com uma vontade imensa de estar ao lado de gente normal. Entre cubanos e filipinos, eu sobrevivi. Os caras salvaram minha vida!
Nem sei quantas vezes eu ouvi Secret da Ellen Allien esse final de semana...
you are the guy in my dreams
we are a perfect combination
but you will never know my dreams
I wanna keep my dreams alive
Nem sei quantas vezes eu ouvi Secret da Ellen Allien esse final de semana...
you are the guy in my dreams
we are a perfect combination
but you will never know my dreams
I wanna keep my dreams alive