Sobre inspirar pessoas.
Sempre que a gente se falava, me dava uma enorme vontade de escrever. Escrever qualquer coisa, qualquer besteira, qualquer lembrança de qualquer loucura. As maluquices que vivemos, que as vezes eu penso que acabarão sendo esquecidas, como tudo afinal. Descobrir você em velhos lugares, músicas datadas e nas piadas sem graça contada por outros. Rir de você, o grande comedor, o comedor sincero que só queria ser feliz. Não é a vida, mas os seus episódios, que afastam as pessoas umas das outras. E é engraçado porque sou muito visceral e extremista. Cansei de dizer que não podia viver sem certos amigos por perto, sem os ex-amores que pareciam sempre eternos. Na minha caixinha perfumada, lá no fundo da gaveta, tá escrito assim, 'os amigos de verdade permanecem, os babacas por sorte não morrem, dos amores a gente guarda qualquer coisa para usar sob consulta'. Eu adoro 'lembranças' e 'lembrar', agora que aprendi a como conviver com isso finalmente. Não importa quanta merda aconteceu, os gaps, a ausência. Quem é, não deixa de ser, quem esteve, sempre há de voltar de alguma forma e se te amei um dia, sempre irei te amar.